Grande dos recursos para campanha eleitoral do senador Delcídio do Amaral (PT) ao governo de Mato Grosso do Sul foi repassada por empresas de contratos bilionários com Petrobras e investigadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Dos R$ 10.506.556,60 da receita declarada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS), quase R$ 7 milhões foram doados pelas empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção.
Segundo o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, as empresas contratadas pela estatal teriam, obrigatoriamente, de contribuir com 3% do valor dos contratos para caixa paralelo. O dinheiro seria para pagamento de propinas a políticos e partidos. Por isto, as empresas e a movimentação das contas bancárias no exterior viraram alvo de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.
Algumas dessas empresas são as principais doadoras da campanha de Delcídio para governador do Estado. Entre pessoas físicas, se destaca a doação de R$ 50 mil de Cixares Libero Vargas, administrador e acionista do grupo de controle da Positivo Informática.